Vale a pena conhecer os argumentos dos próprios interessados: Uri Elitsur, ex-diretor-geral do Conselho da Judeia e Samaria (liderança dos colonos, conhecida como Yesha): "Falo de um Estado judeu que é um Estado do povo judeu, no qual existirá uma minoria árabe." Hanan Porat, um dos fundadores do Gush Emunim (liderança dos colonos religiosos e o homem que festejou e conclamou os judeus a festejarem o massacre de Baruch Goldstein em Hebron):

Sou contra a cidadania automática [para os palestinos] proposta por Uri Elitsur, que é ideia ingênua e levará a terríveis consequências. Proponho que se aplique a lei israelense nos territórios por etapas, primeiro nas áreas onde (já) há maioria de judeus. Depois, em etapas de uma década a uma geração, em todos os territórios.

Porat propõe dividir os palestinos em três categorias: (a) os que querem um Estado árabe e estão dispostos a consegui-lo mediante terrorismo e luta contra Israel (esses não terão lugar no "Grande Israel", o que significa que serão expulsos); (b) os que aceitem seu lugar e submetam-se à soberania dos judeus, mas ainda não estejam dispostos a participar do Estado e cumprir todas as suas obrigações para com o Estado (esses terão garantidos plenos direitos humanos, mas não terão representação nas instituições do Estado); e (c) os que declarem lealdade ao Estado e jurem fidelidade a ele (esses receberão cidadania plena. E, claro, serão minoria).

Tzipi Hutubeli, deputada da extrema-direita do Partido Likud:

No horizonte político deve haver cidadania também para os palestinos na Judeia e Samaria... Acontecerá gradualmente... O processo deve durar um longo tempo, talvez uma geração. Nesse período, a situação em campo será estabilizada e os símbolos e as características do Estado judeu estarão ancorados na lei... Removeremos o ponto de interrogação que paira sobre a Judeia e Samaria. Antes de tudo,

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