que fui, no dia em que o Exército de Defesa de Israel foi oficialmente criado, envergonho-me dos criminosos de guerra e exijo que sejam expulsos do Exército e julgados em Israel.

Minha lista de suspeitos inclui políticos, soldados, rabinos e advogados.

Não há nem sombra de dúvida de que, na guerra de Gaza, cometeram-se crimes de guerra. Falta determinar quem os cometeu e a extensão dos crimes.

Exemplo: soldados gritaram para os moradores de uma casa que saíssem. Uma mulher e quatro crianças saíram, acenando lenços brancos. É absolutamente claro que não eram combatentes armados. Um soldado de um tanque próximo levantou-se, mirou e matou-os à queima-roupa. Segundo testemunhas que parecem confiáveis, fatos semelhantes aconteceram mais de uma vez.

Outro exemplo: o bombardeio da escola da ONU, repleta de refugiados, de onde não saiu um único tiro - o que até o Exército já admitiu, depois que os pretextos iniciais foram descartados.

Esses são casos "simples". Mas o espectro de casos é muito mais amplo. Uma investigação judicial criteriosa teria de começar por cima: pelos políticos e oficiais superiores que decidiram iniciar a guerra e autorizaram os planos; todos esses têm de ser investigados a partir das decisões que tomaram. Em Nuremberg ficou estabelecido que é crime iniciar uma guerra de agressão.

Uma investigação objetiva tem de determinar se a decisão de iniciar a guerra de Gaza se justifica ou se haveria outros meios para deter o lançamento de foguetes contra o território de Israel. Claro que país algum aceitaria que suas cidades e aldeias fossem bombardeadas. Mas não haveria meio de evitar que fossem, no caso de Israel, mediante contato com as autoridades em Gaza? A verdadeira causa da guerra não teria sido a decisão do nosso governo de boicotar o Hamas, vencedor de eleições democráticas? O bloqueio imposto a 1,5 milhão de habitantes da Faixa de Gaza contribuiu para que começassem os ataques com Qassams? Em resumo: antes

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