exatamente oposta à paz. Sobretudo, apoiaram tacitamente a construção e a ampliação dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos e sírios ocupados. Cada um desses assentamentos ilegais equivale a uma mina terrestre no caminho para a paz.

(4) De acordo com a lei internacional, todos os assentamentos são ilegais. A distinção entre postos avançados "ilegais" e os demais assentamentos é um golpe de propaganda para obscurecer esse simples fato.

(5) Todos os assentamentos, desde 1967, foram construídos com o objetivo evidente de tornar impossível a criação de um Estado palestino - e, portanto, impossibilitar a paz - cortando em tiras o território do futuro Estado.

Praticamente todos os setores do nosso governo e do Exército têm ajudado, às claras ou secretamente, na construção, consolidação e ampliação dos assentamentos - como demonstra o relatório preparado em 2005 pela advogada Talia Sasson, funcionária da própria Procuradoria do Estado(!).

(6) Hoje o número de colonos israelenses moradores na Cisjordânia já chega a cerca de 250 mil (sem contar os 200 mil colonos israelenses em Jerusalém Oriental, cujo status é um pouco diferente).

(7) Nenhum governo israelense ousaria enfrentar a força política e concreta concentrada nas mãos dos colonos. Para que tal confrontação tenha alguma chance de sucesso, seria necessária uma liderança muito forte e um firme apoio do presidente dos Estados Unidos.

(8) Sem esse apoio claro e firme, todas as tais "negociações de paz" são conversa fiada. O governo israelense e seus padrinhos nos Estados Unidos têm feito o possível para impedir que as negociações, tanto com os palestinos como com os sírios, cheguem a alguma conclusão, por medo de provocar uma confrontação com os colonos e seus simpatizantes. As

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