guerra contra o México, conquistando o Texas e invadindo a América Central e Cuba. O slogan que os impulsionava e justificava todas as suas ações foi cunhado em 1845, por John O’Sullivan: "Destino Manifesto".

A versão israelense do "Destino Manifesto" é o slogan de Moshe Dayan "Somos predestinados". Dayan, um representante típico da segunda geração, fez dois discursos importantes em sua vida. O primeiro e mais conhecido foi em 1956, junto ao túmulo de Roy Rutenberg em Nahal Oz, um kibutz em frente a Gaza:

Ante os olhos deles [dos palestinos em Gaza], retomamos a terra e as aldeias onde eles e seus antepassados viveram... Esse é o destino de nossa geração, a escolha das nossas vidas - estar preparados e armados, fortes e duros - senão a espada deslizará de nosso punho e nossa vida será extinta.

Dayan não falava apenas de sua própria geração. O segundo discurso, menos conhecido, é mais importante. Foi proferido em agosto de 1968, depois da ocupação das colinas de Golã, para um público de jovens kibutzniks. Quando perguntei a ele sobre aquele discurso, Moshe Dayan mandou registrar todo o texto nos anais do Parlamento, procedimento muito raro em Israel.

Eis o que Dayan disse aos jovens: "Somos predestinados a viver em permanente estado de luta contra os árabes... Durante os cem anos do Retorno a Sion trabalhamos por dois objetivos: construir a terra e construir o povo... É um processo de expansão, de mais judeus e mais colonização... Um processo que não chegou ao fim. Nascemos aqui e aqui nos reunimos com nossos antepassados, que vieram antes de nós... Seu dever não é alcançar o fim. Seu dever é acrescentar sua camada, expandir a colonização da melhor forma que possam durante a sua vida... (e) não dizer: este é o final, chega, terminamos." Dayan, que conhecia bem os textos antigos, provavelmente tinha em mente uma frase do "Capítulo dos Pais" (parte do Mishnah escrita

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