aldeias chamadas "o Triângulo") fossem entregues ao futuro Estado palestino, em troca dos blocos de assentamentos na Cisjordânia, nenhuma voz árabe apoiou a ideia. Esse fato é muito significativo.

As raízes da comunidade árabe em Israel são mais profundas do que parecem à primeira vista. Os árabes desempenham um papel importante na economia israelense, trabalham e pagam impostos para o Estado. Recebem os benefícios da Seguridade Social - por pleno direito, dado que pagam impostos. Seu padrão de vida é muito superior ao de seus irmãos palestinos nos territórios ocupados e em outras regiões. Eles participam da democracia israelense e não têm desejo algum de viver sob regimes como o egípcio ou o jordaniano. Têm reivindicações sérias e justas - mas vivem em Israel e vão continuar vivendo aqui.

Em anos recentes, intelectuais da terceira geração árabe em Israel têm publicado diversas propostas para normalizar as relações entre maioria e minoria.

A princípio, existem duas opções principais:

A primeira afirma que Israel é um Estado judaico, mas neste Estado também vive um outro povo. Se os judeus israelenses têm direitos nacionais definidos, os árabes israelenses também devem ter seus direitos nacionais definidos. Por exemplo, autonomia educacional, cultural e religiosa (como o jovem Vladimir Zeev Jabotinsky exigia, há um século, para os judeus na Rússia czarista). Devem ter a possibilidade de manter relações livres e abertas com o mundo árabe e com o povo palestino, como as relações entre cidadãos judeus e os judeus da Diáspora. Tudo isso deve constar claramente da futura constituição do Estado.

A segunda: Israel pertence a todos os seus cidadãos e só a eles. Todo cidadão em Israel é um israelense, assim como todo cidadão dos Estados Unidos é um americano. No que diga respeito ao Estado, não há diferença entre os cidadãos, seja judeu, muçulmano ou cristão, árabe ou russo, assim como do ponto de vista do Estado americano

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