Sangue e champanhe

As pessoas costumam exaltar a profissão na qual se sobressaem.

Se uma pessoa, na rua, for indagada sobre a área de empreendimento em que Israel se destaca, provavelmente irá responder: hi-tech. E, de fato, obtivemos alguns sucessos impressionantes nessa área. Parece que quase não passa um dia sem que alguma empresa israelense, dessas que nascem em fundo de garagem, seja vendida por centenas de milhões. O pequeno Israel é uma das maiores potências de hi-tech do mundo.

Mas a profissão na qual Israel não é apenas um dos maiores, mas o incontestável Número Um, é: "liquidações".

Esta semana isso ficou provado mais uma vez. O verbo lekhasselem hebraico, liquidar -, em todas as formas gramaticais, atualmente domina nosso discurso público. Professores respeitados debatem, com solenidade acadêmica, quando e quem "liquidar". Generais da reserva discutem com zelo profissional as tecnicalidades da "liquidação", suas regras e seus métodos. Políticos espertos competem entre eles para definir o número e o status dos candidatos à "liquidação".

De fato, há muito tempo não se via tal orgia de júbilo e autocongratulação na mídia israelense como esta semana. Repórteres, colunistas, picaretas políticos e celebridades efêmeras, que foram entrevistados na televisão, no rádio e nos jornais, estavam radiantes de orgulho. Conseguimos! Deu certo! "Liquidamos" Imad Mughniyeh!

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