Destacam que até o Acordo de Oslo (ao qual se opõem) só foi obtido depois da primeira Intifada, que durou seis anos e convenceu Itzhak Rabin de que nenhuma solução militar seria possível.

Argumentam que Ehud Barak só deixou o sul do Líbano, em 2000, depois do sucesso estrondoso dos guerrilheiros xiitas.

E concluem: mesmo um Estado palestino limitado às fronteiras de 1967 não será criado a menos que a "resistência palestina" provoque baixas e danos suficientes para convencer os israelenses de que vale a pena se retirarem dos territórios ocupados.

Os israelenses, dizem eles, não cederão um centímetro quadrado sequer se não forem obrigados a isso. A pesquisa de Sharon bem pode reforçar essa opinião deles.

Os que cercam Abbas respondem com zombarias contra o Hamas, por crer que podem derrotar Israel pela força das armas.

Aponta a imensa superioridade das forças israelenses. Segundo eles, as a es violentas dos palestinos só forneceram a Israel um pretexto para reforçar a ocupação, roubar mais terras e aumentar o sofrimento da população nos territórios ocupados.

De fato, a situação individual dos palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza é agora incomparavelmente pior do que era antes da primeira Intifada, quando podiam ir a qualquer lugar no país, trabalhar em todas as cidades israelenses, tomar banho de mar nas praias de Tel Aviv e embarcar no aeroporto Ben-Gurion.

Há muita verdade nas duas visões. Yasser Arafat entendeu isso. Portanto, fez todos os esforços para manter os palestinos unidos a qualquer custo e, ao mesmo tempo, estimular as forças israelenses pró-paz e obter apoio internacional sem abrir mão da dissuasão da "luta armada". Foi bastante bem-sucedido e por isso foi removido.

Muitos palestinos, preocupados com o destino de seu povo, se perguntam para onde tudo isso está levando.

A situação dos palestinos atingiu o ponto mais baixo em mais de 20 anos. Do ponto de vista político, estão quase completamente isolados no mundo. A opinião pública israelense tornou-se indiferente,

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