povo: "Meu pai os castigava com o chicote, mais eu os castigarei com escorpiões." O outro tipo era representado por Josué, o herdeiro de Moisés. Ele não foi um segundo Moisés, mas, de acordo com a história, um grande conquistador por si só.
A história moderna conta a triste história de Anthony Eden, o n° 2 de Winston Churchill, que obteve pouco respeito e sofreu muito por isto. (Mussolini o qualificou, após seu primeiro encontro, como "um idiota de roupas bem talhadas".) Ao assumir o poder, ele tentou desesperadamente equiparar-se a Churchill, e logo estaria envolvendo a Grã-Bretanha no desastre da guerra de Suez, em 1956. À segunda categoria pertenceu Harry Truman, o ninguém que sucedeu ao grande Franklin Delano Roosevelt e surpreendeu a todos como um líder firme.
Abbas parecia pertencer ao primeiro grupo. E agora, de repente, revela-se como parte do segundo. O mundo o trata com um novo respeito. Perto do fim da carreira, ele fez a grande aposta.
Mas terá sido uma decisão acertada? Corajosa, sim. Audaciosa, sim. Mas sábia?
Minha resposta é: Sim, foi.
Abbas colocou, sem rodeios, sobre a mesa internacional a busca da liberdade palestina. Durante mais de uma semana, a Palestina tornou-se o centro da atenção internacional. Dezenas de estadistas internacionais, entre eles o líder da única superpotência, se têm ocupado da Palestina.
Para um movimento nacional, isto é da maior importância. Os cínicos poderiam perguntar: "E o que foi que eles ganharam com isto?" Mas os cínicos são tolos. Um movimento de libertação lucra com o simples fato de o mundo prestar atenção, de os meios de comunicação tratarem do problema, de as pessoas de consciência em todo o mundo serem alertadas. Fortalece-se o moral em casa e a luta dá um passo a mais em direção a seu objetivo.
A opressão detesta holofotes. A ocupação, os assentamentos, a limpeza étnica prosperam na sombra. São os oprimidos que precisam da luz do dia. E ela foi trazida pela iniciativa de Abbas, pelo menos por enquanto.