sete ministros - "grupo dos sete" - que decide sobre questões de segurança como "os sete idiotas" - e devo protestar: foi um insulto aos idiotas.

Os preparativos para a flotilha duraram mais de um ano. Centenas de mensagens de e-mail foram trocadas. Eu mesmo recebi dúzias delas. Não era segredo. Tudo foi feito às claras.

Houve tempo de sobra para que autoridades políticas e militares em Israel se preparassem para a chegada dos barcos. Os políticos puderam ser consultados. Os soldados, treinados. Os diplomatas, informados. O pessoal da Inteligência executou seu trabalho.

De nada adiantou. Todas as decisões foram erradas, do primeiro ao último momento. E isso ainda não terminou.

A ideia de romper o bloqueio com uma flotilha de pacifistas beira a genialidade. Coloca Israel em um dilema - tendo de escolher entre várias alternativas, todas ruins. É a situação em que qualquer general sonha ver o adversário.

As alternativas:

(a) Permitir que a flotilha chegue a Gaza, sem obstáculos. O secretário do Gabinete apoiava essa ideia. Mas levaria ao fim do bloqueio, porque depois dessa flotilha viriam outras, cada vez maiores.

(b) Deter os navios em águas territoriais, vistoriar a carga, assegurar-se de que não havia nem armas nem "terroristas" e deixá-los prosseguir em seu caminho. Levantaria alguns protestos em todo o mundo, mas o bloqueio seria preservado, pelo menos a princípio.

(c) Capturar os barcos em alto-mar e levá-los até Ashdod, assumindo o risco de um confronto corpo a corpo com os ativistas a bordo.

Como os governantes em Israel sempre fazem, quando têm de escolher entre várias alternativas ruins, o governo Netanyahu escolheu a pior.

Todos os que acompanharam os preparativos conforme noticiados pelos jornais podiam prever que havia risco da operação resultar em mortos e feridos. Ninguém invade um barco turco e espera ser

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