O Americano Tranquilo é o herói do romance de Graham Greene sobre a primeira guerra do Vietnã, na qual os franceses foram derrotados.
Era um americano jovem e ingênuo, filho de um professor, que fora bem educado em Harvard, um idealista com todas as melhores intenções. Quando chegou, como soldado ao Vietnã, queria ajudar os nativos a superar os dois principais males que via lá: o colonialismo francês e o comunismo. Sem saber coisa alguma sobre o país no qual estava, provocou um desastre. O romance termina num massacre - resultado dos esforços desorientados do "americano tranquilo". Comprovou-se a velha máxima: "A estrada para o inferno é pavimentada de boas intenções."
Já se passaram 54 anos desde que esse livro foi escrito, mas parece que o Americano Tranquilo não mudou. Ainda é idealista (pelo menos, ele acredita que seja idealista), ainda deseja levar a redenção a povos estrangeiros distantes e sobre os quais nada sabe; e ainda provoca desastres terríveis: aconteceu no Iraque, no Afeganistão e agora, parece, no Iêmen.
O exemplo do Iraque é o mais simples de todos.
Os soldados americanos foram mandados ao Iraque para derrubar o regime tirano de Saddam Hussein. Havia, é claro, outros objetivos