atuais "negociações" de Annapolis são tão vazias quanto as precedentes, cada lado mantendo as aparências para resguardar seus próprios interesses políticos.

(9) O governo Clinton e, sobretudo, o governo Bush permitiram que o governo israelense mantivesse essa falsa aparência. É portanto imperativo, presidente Obama, evitar que os membros dos governos anteriores desviem sua política para o Oriente Médio para os mesmos velhos canais.

(10) É importante que o senhor fixe um marco inicial completamente novo e que o faça publicamente. Ideias já desacreditadas e tentativas fracassadas - como a "visão" de Bush, o Mapa do Caminho, Annapolis e outras parecidas - devem ser varridas para a lata de lixo da história.

(11) Para que um novo começo seja possível, é indispensável declarar, de forma clara e sucinta, o objetivo da política americana. O objetivo: obter a paz, baseada na solução de Dois Estados em um prazo definido (por exemplo, até o fim de 2009).

(12) É necessário mencionar que esse objetivo é baseado em uma reavaliação do interesse nacional americano, que é de neutralizar o veneno que prejudica as relações entre os Estados Unidos e os árabes e muçulmanos; fortalecer os regimes orientados para a paz; derrotar o terrorismo de grupos como al-Qaeda; pôr um fim às guerras no Iraque e no Afeganistão e conseguir um acordo viável com o Irã.

(13) Os termos da paz israelense-palestina são claros. Foram cristalizados em milhares de horas de negociação, conferências, reuniões, encontros e conversas. São os seguintes:

a) Um Estado da Palestina, soberano e viável, a ser criado ao lado do Estado de Israel.

b) A fronteira entre os dois Estados será baseada na Linha Verde (ou Linha do Armistício) demarcada antes de 1967. Pequenas alterações podem ser negociadas, como trocas de territórios, em termos de 1 por 1.

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