E ainda aconteceu mais esta semana: o número 3 do Departamento de Estado dos Estados Unidos encontrou-se oficialmente com representantes do Irã. E ficou claro que as negociações com o Hamas, sobre a próxima troca de prisioneiros, ainda se encontram em congelamento profundo.

A nova situação envolve muito perigos, mas também muitas oportunidades. O novo status de Nasrallah, como ator central no jogo político no Líbano, impõe-lhe responsabilidade e cautela. Um Assad fortalecido pode ser melhor parceiro para a paz se soubermos aproveitar a ocasião. As negociações entre Irã e Estados Unidos podem evitar uma guerra de destruição, que seria um desastre para nós também. A legitimação do Hamas, pelas negociações, quando forem retomadas, pode levar à união palestina, como se viu acontecer agora, no Líbano. Qualquer acordo de paz que venhamos a assinar com eles terá bases mais sólidas.

Em dois meses, Israel pode vir a ter um novo governo. Se quiser, o novo governo poderá começar uma nova iniciativa de paz com a Palestina, o Líbano e a Síria.

19/7/2008

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