não podem retornar à situação que ali existia 200 anos atrás. Temos de construir nosso futuro comum, no desejo partilhado de seguir adiante, de curar o que possa ser curado e reparar o que possa ser reparado, sem causar novas feridas, sem cometer novas injustiças e sem provocar mais tragédias humanas.
"Peço que aceitem nosso pedido de perdão, no espírito em que o oferecemos. Trabalhemos juntos em prol de uma solução justa, viável e prática para nosso conflito que já dura um século - uma solução que talvez não satisfará todas as justas aspirações, nem corrigirá todos os erros, mas possibilitará a nossos povos uma vida de liberdade, paz e prosperidade.
"Essa solução está clara para todos. Todos sabemos qual é. Brotou de nossas dolorosas experiências, foi lapidada pelas lições que tiramos de nosso sofrimento e cristalizada pelos esforços de nossas melhores mentes - tanto vossas como nossas.
"A solução significa, simplesmente: vocês têm os mesmos direitos que nós. Nós temos o mesmo direito que vocês: de viver em nosso próprio Estado, sob nossa própria bandeira, governados por leis que nós mesmos escrevemos, por um governo livremente eleito por nós mesmos - e esperemos que seja um bom governo.
"Um dos mandamentos fundamentais de nossa religião-como da vossa e de todas as religiões - foi dito há dois mil anos, pelo rabino Hillel, o velho: Não faças aos outros o que não queres que façam a ti.
"Na prática, esse mandamento significa que vocês têm o direito de estabelecer imediatamente o Estado livre e soberano da Palestina, em todos os territórios que Israel ocupou em 1967, e que será aceito como membro pleno das Nações Unidas.
"Serão restauradas as fronteiras de 4 de junho de 1967. Espero que possamos concordar, em negociações livres, com trocas mínimas de territórios, que podem beneficiar ambos os lados.
"Jerusalém, cidade tão importante para todos nós, deve ser a capital de nossos dois Estados-Jerusalém Ocidental, incluindo o Muro das Lamentações, será capital de Israel; Jerusalém Oriental, incluindo