Multidões de pessoas foram mortas, centenas de aldeias foram incendiadas, florestas e plantações foram destruídas por substâncias químicas, soldados caíram como moscas. Por quê? Por causa dos dominós.
A teoria dos dominós consistia no seguinte: se todo o Vietnã fosse tomado pelos comunistas, cairiam todos os países do Sudeste Asiático. Cada um que caísse arrastaria o vizinho, como em uma fileira de dominós. A realidade mostrou o completo absurdo dessa ideia: os comunistas tomaram todo o Vietnã sem afetar a estabilidade da Tailândia, da Malásia e de Cingapura. Quando se apagaram as lembranças da guerra, o Vietnã, de fato, seguiu o exemplo de seu vizinho do norte, a China. Mas, enquanto isso, a China se converteu em uma economia capitalista florescente.
Na Guerra do Vietnã a estupidez dos generais competiu com a estupidez dos políticos. O campeão foi Henry Kissinger, um criminoso de guerra cujo ego imenso disfarçou sua estupidez básica. No auge da guerra, ele invadiu o vizinho pacífico Camboja e o reduziu a cacos. O resultado foi um horrendo autogenocídio, quando os comunistas assassinaram seu próprio povo. Apesar disso, muitos ainda consideram Kissinger um gênio político.
Alguns acham que na competição feroz pelo prêmio da máxima inutilidade da guerra sai ganhando a invasão do Iraque.
Aparentemente os líderes políticos em Washington previram o aumento dramático da demanda mundial por petróleo. Portanto, decidiram fortalecer seu controle do petróleo do Golfo Pérsico e da bacia do mar Cáspio. A guerra tinha o objetivo de transformar o Iraque em um satélite americano e estabelecer lá, sob um regime amigo, uma base permanente que controlaria toda a região.
Até agora o resultado é o oposto. Em vez da consolidação do Iraque como um país unido sob um regime pró-americano estável eclodiu uma guerra civil, o Estado iraquiano oscila à beira de desintegrar-se. A população iraquiana odeia os americanos e os considera ocupan-