os árabes mortos em Haram al-Sharif (o Monte do Templo) em Jerusalém. Porém, nesse meio-tempo, uma terceira geração de árabes crescera em Israel, muitos dos quais, apesar de todos os obstáculos, estudaram em universidades e tornaram-se empresários, políticos, professores, advogados e médicos. É impossível ignorar essa comunidade - por mais que o Estado se esforce para ignorá-los.
De tempos em tempos ouvem-se reclamações sobre discriminação, mas todos evitam confrontar a questão fundamental: qual é o status da minoria árabe que cresce dentro de um Estado que se autodefine, oficialmente, como "judaico e democrático"?
Um dos líderes da comunidade árabe, o falecido deputado Abd-alAziz Zuabi, definiu esse dilema nos seguintes termos: "Meu Estado está em guerra contra o meu povo." Os cidadãos árabes pertencem ao Estado de Israel e também ao povo palestino.
Que são parte do povo palestino é evidente. Os cidadãos árabes de Israel, que ultimamente tendem a chamar-se de "palestinos em Israel", são um dos muitos ramos do povo palestino: há os habitantes dos territórios ocupados (hoje eles próprios estão divididos entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza); os árabes que vivem em Jerusalém Oriental (que, oficialmente, são "residentes", mas não são "cidadãos" de Israel); e os refugiados que vivem em diversos países, cada país com seu regime particular. Todos esses ramos têm um forte sentimento de identidade comum, mas a consciência de cada ramo é modelada por sua situação específica.
Que peso tem o componente palestino na consciência dos cidadãos árabes de Israel? Como ele pode ser medido? Os palestinos nos territórios ocupados muitas vezes reclamam que ele se expressa principalmente em palavras, e não em ações. O apoio dos cidadãos árabes de Israel à luta palestina pela libertação é sobretudo simbólico. Vez ou outra um cidadão é preso por ajudar um homem-bomba, mas são raras exceções.
Quando o extremista Avigdor Lieberman, que odeia os árabes, propôs que várias aldeias árabes próximas da Linha Verde (grupo de