Também há uma solução para isso. O Hamas declarou, no passado, que não faria objeção a que Abbas conduzisse negociações de paz, desde que o acordo fosse submetido a um plebiscito. Se o povo palestino aprovar o acordo, o Hamas declarou que respeitará a decisão.
- Por que o Hamas aceitaria o resultado do plebiscito?
Como todas as forças políticas palestinas, o Hamas aspira ao
poder no Estado palestino que será estabelecido nas fronteiras de 1967. Portanto, precisa contar com a confiança da maioria. Não há dúvidas de que a vasta maioria do povo palestino deseja ter seu próprio Estado e a paz. O Hamas sabe bem disso. Não tomará qualquer medida que o afaste da maioria do povo.
- E qual é o lugar de Abbas nisso tudo?
Abbas deve ser pressionado para chegar a um acordo com o Hamas, nas linhas do acordo anterior, firmado em Meca. Acreditamos que Israel tem claro interesse em negociar com um governo palestino que inclua os dois grandes movimentos, de tal modo que o acordo seja aceito por quase todos os setores do povo palestino.
- O tempo trabalha a nosso favor?
Por muitos anos o Gush Shalom disse ao público israelense: façamos a paz com o líder secular Yasser Arafat, pois, senão, o conflito nacional se tornará um conflito religioso. Infelizmente, essa profecia também confirmou-se.
Os que não quiseram a OLP obtiveram o Hamas. Se não chegarmos a algum acordo com o Hamas, teremos de enfrentar organizações islâmicas mais extremistas, como os Talibã no Afeganistão.
1/3/2008