deseja a união nacional para possibilitar uma luta conjunta contra a ocupação. Não querem coerção religiosa, mas tampouco tolerarão uma liderança que colabore com a ocupação.

O governo pode estar muito equivocado contando com a obediência do Fatah. Concorrendo com o Hamas, o Fatah pode surpreendernos e voltar a ser uma organização combatente. O fluxo de dinheiro para a Autoridade Palestina não necessariamente evitará que isso aconteça. Ze’ev Jabotinsky foi mais sábio do que Tony Blair quando disse, há 85 anos, que é impossível comprar um povo inteiro.

Se o Exército israelense invadir Gaza para reconquistá-la, a população apoiará os combatentes. Ninguém pode saber como a população reagirá se a miséria piorar. Os resultados podem ser inesperados. A experiência de outros movimentos de libertação nacional indica que a miséria pode quebrar uma população, mas também pode fortalecê-la.

Essa, em poucas palavras, é uma prova existencial para o povo palestino - talvez a mais difícil desde 1948. É também um teste para a política astuta de Ehud Olmert, Ehud Barak, Tzipi Livni e dos comandantes militares.

Então, provavelmente não haverá um cessar-fogo. No início, Olmert rejeitou a proposta imediatamente. Depois negou a rejeição. Depois negou a negativa.

Os habitantes de Sderot provavelmente ficariam contentes com um cessar-fogo. Porém, quem se dá o trabalho de consultá-los?

22/12/2007

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