kibutzim, o Exército israelense executa incursões e mata combatentes palestinos, dia e noite, o Hamas introduz armas antitanques mais eficazes - e não há solução à vista.
Um israelense comum não tem ideia do que está acontecendo na Faixa de Gaza. A desconexão é absoluta. Nenhum israelense pode entrar na Faixa, praticamente nenhum palestino pode sair.
A maioria dos israelenses vê as coisas do seguinte modo: saímos de Gaza, desmontamos todos os assentamentos que havia lá, mesmo que isso nos tenha causado uma profunda crise nacional. E o que acontece? Os palestinos continuam atirando em nós, a partir da Faixa de Gaza, e tornam a vida em Sderot um inferno. Não nos resta outra saída exceto tornar a vida deles um inferno, para levá-los a deixar de atirar em nós.
Esta semana ouvi um relato de um dos indivíduos mais confiáveis em Gaza - o Dr. Eyad Sarraj - um psiquiatra muito conhecido e ativista pelos direitos humanos. Eis parte do que ele contou a um pequeno grupo de ativistas israelenses pela paz:
Israel bloqueia todas as importações para a Faixa, exceto uma meia dúzia de itens básicos. Eram utilizados 900 caminhões, diariamente, para as importações e exportações da Faixa de Gaza. Agora o número foi reduzido a 15. Por exemplo, sabão não pode entrar.
A água local não é potável. Israel não permite a entrada de água engarrafada e nem a importação de bombas de água. O preço dos filtros de água subiu de 40 para 250 dólares, não há quaisquer peças de reposição para os filtros. Só os ricos ainda podem se permitir comprar filtros. No entanto, a entrada de cloro é permitida.
Não há importação de cimento. Se surge um buraco no teto, não é possível consertá-lo. O canteiro de obras do hospital para crianças permanece em silêncio. Não há peças de reposição de tipo algum. Um instrumento médico quebrado não pode ser consertado. Não existem sequer incubadoras para bebês ou equipamentos de diálise.
Os doentes em estado grave não conseguem chegar a um hospital - nem em Israel, nem no Egito ou na Jordânia. As poucas permissões