são frequentemente emitidas depois de um atraso mortal. Em muitos casos pacientes são condenados à morte.

Os estudantes não podem chegar às suas universidades no exterior. Cidadãos estrangeiros que estejam visitando a Faixa de Gaza não podem sair se tiverem identidade palestina. Palestinos contratados para trabalhar no exterior não obtêm permissão de saída. Alguns palestinos foram autorizados a passar por Israel a caminho do Egito, mas as autoridades egípcias não os deixaram entrar e tiveram de voltar a Gaza.

Praticamente todas as empresas foram fechadas e os trabalhadores foram jogados na rua, por falta de matéria-prima. Por exemplo, a fábrica da Coca-Cola fechou. Depois de 60 anos de ocupação - antes pelos egípcios e depois pelos israelenses - praticamente nada é produzido na Faixa, exceto tomates, laranjas, morangos e outras frutas.

Os preços aumentaram muito, cinco ou até dez vezes mais. A vida hoje é mais cara em Gaza do que em Tel Aviv. O mercado negro está florescendo.

Como as pessoas conseguem sobreviver? Os membros das famílias ampliadas ajudam uns aos outros. Pessoas mais ricas sustentam seus parentes. A UNRWA (agência de atendimento humanitário das Nações Unidas) importa os alimentos mais básicos e os distribui para os refugiados, que são a maioria da população.

Existe outra solução exceto uma invasão em massa? Claro que existe. Mas exige imaginação, coragem, capacidade e uma disposição para agir contra os padrões estabelecidos.

Um cessar-fogo imediato pode ser obtido. Tudo indica que o Hamas também esteja disposto a um cessar-fogo, desde que seja geral: os dois lados devem suspender todas as ações militares, inclusive as "liquidações seletivas" e o lançamento de Qassams e morteiros. As passagens terrestres devem ser abertas à livre circulação de mercadorias, nas duas direções. A passagem entre a Faixa e a Cisjordânia deve ser aberta, assim como a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.

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