E, muita atenção: essa é a empreiteira que construiu Matityahu, a mesma que pretendia construir o novo projeto em terra roubada por intermédio da "Cerca de Segurança". A mesma empreiteira também construiu o monstruoso assentamento de Har Homa, além de outros nos territórios ocupados.

Quem pode negar o que estamos dizendo há anos, que os assentamentos são um negócio gigantesco, de bilhões e bilhões de dólares, baseado inteiramente no roubo de propriedades?

Todos conhecem o núcleo de colonos fanáticos, nacionalistasmessiânicos, dispostos a expulsar, matar e roubar pois "Deus mandou". Mas em torno desse núcleo reuniu-se um grande grupo de bandidos, operadores do mercado imobiliário, que se escondem por trás do patriotismo, para conduzir seus negócios sujos e altamente lucrativos. Nesse caso, o patriotismo é de fato o refúgio dos canalhas.

Talia Sasson, uma advogada indicada pelo governo para investigar a construção de assentamentos "ilegais", concluiu que a maioria dos ministros e comandantes do Exército havia violado a lei e cooperado secretamente com os colonos. Pode parecer que agiram por motivos patrióticos. Tenho minhas dúvidas. Atrevo-me a desconfiar que centenas de políticos, funcionários e militares receberam gordas propinas de empresários, que ganharam bilhões nessas transações "patrióticas".

PS: O homem que inventou o muro é Haim Ramon, que naquela época era um dos líderes do Partido Trabalhista. Ramon começou como um dos "pombos" do partido (quando isso era popular). Mais tarde saltou para o barco do Partido Kadima (quando era lucrativo).

Esta semana Ramon propôs cortar a eletricidade que Israel fornece à Faixa de Gaza, como punição pelos foguetes Qassam lançados contra Sderot. Não se deve esquecer que desde o início da ocupação os governos israelenses vêm impedindo a instalação de fornecedoras independentes de água e eletricidade naquela região, de modo a manter a Faixa de Gaza completamente dependente de Israel nessas questões de vida ou morte.

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