pilhas de fichas só crescem. Ele poderia parar de jogar no momento certo, trocar as fichas por milhões de dólares e viver feliz para sempre. Mas o jogador não consegue parar. Está tomado pela febre do jogo. Então continua a jogar mesmo quando sua sorte muda, com resultados previsíveis.

Neste momento estamos no auge de nossa força. Nossa ligação com os Estados Unidos, que ainda são todo-poderosos, nos concede uma posição muito superior às nossas capacidades naturais.

É o momento de trocar as fichas por dinheiro, converter nossos ganhos temporários em bens permanentes. Abrir mão dos territórios ocupados e fazer a paz, estabelecer boas relações com nossos vizinhos, criar raízes profundas na região, de modo que possamos nos manter quando a vontade e a capacidade de os Estados Unidos nos protegerem a qualquer custo já tiverem evaporado.

Isso fica ainda mais claro se levamos em consideração a ascensão do radicalismo islâmico, que é uma reação natural às ações do eixo americano-israelense. O conflito israelense-palestino é a causa principal desse terremoto que, um dia, poderá desencadear um tsunami. Tanto nós como os americanos faríamos bem se começássemos logo a remover as causas desse fenômeno natural.

Os Estados Unidos estão longe de ser um caniço lascado - hoje. Os que quiserem ainda podem apoiar-se nesse bastão, por algum tempo. Mas seria inteligente que déssemos bom uso ao tempo que ainda temos para garantir nossa existência, em paz, no mundo que está por vir.

1/9/2007

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